CAPITULO 9



Após os resultados das pesquisas e recolhimento dos depoimentos o oficial Burton chegou a uma conclusão, mas, antes de expor seu resultado decidiu ir ao local do suposto assalto.

No hospital Caio mostrava melhoras físicas, porém sua memória não havia progredido.

Barbara estava em casa tentando compreender o assassinato.

Susan tivera uma crise muito forte e ficou em observação com sua “mãe”...

Dois dias após o crime tudo parecia confuso, ainda mais pelo fato de Henry Burton ter feito uma viagem repentina à Londres a fim de averiguar alguns detalhes...

Como uma vela verticalmente morta e sem chamas, as coisas se apresentaram naquele terceiro dia, até que Henry acendeu o pavio.

- Sabe o que é mais estranho Dna Cintia?

- Ah,s.r.Burton... Não o vi entrar. Perdão, o que o s.r. Disse?

- Disse : “Sabe o que é mais estranho Dna Cintia?”

- Não. Alguma informação sobre o caso?

- Intrigante seu interesse com a resolução do caso...

- Nada mais aceitável eu diria oficial. Vê o estado da minha filha? Pobrezinha, está alucinando.

- Fascinante.

- S.r. Henry, embora sua presença traga graça aos nossos olhos sinto-me meio desconfortável com o seu tom. Aonde quer chegar?

- Chegar?...Esse é um bom começo. Acho intrigante o fato de não ter encontrado nenhuma informação na sua casa quanto a telefones de amigos, parentes, vizinhos... Ah, os vizinhos... Nunca a viam em casa... Alguma ocupação extra Dna Cintia?

- Não entendo oficial Burton. As investigações me parecem que declinaram sob minhas atividades? O que estão querendo encontrar?

- Hum... Encontrar?!... Outro ponto pertinente. É sabido que no dia do assassinato a senhora esteve na casa da Barbara para pegar as chaves e leva-las ao s.r. Vitor. E que o mesmo não o pode fazer tal, devido um incidente ocorrido naquele dia. Correto?

- Sim...

- O que mais me intriga é que ao irmos no local de trabalho na Av Sagú não encontramos nada além de um espaço vazio... Parece que o S.R. Vitor também possuía uma vida secreta... Sei que não estamos na minha sala, mas, preciso saber o real motivo da sua visita naquele dia.

- Contudo creio não estar enganada ao dizer que já prestei meu depoimento oficial Burton.

- Burton... Burton... “Butão”... “Butão”... Era assim que minha sobrinha dizia esse sobrenome quando criança. Deve ter ouvido falar de Olivia, não? Fora assassinada na noite que o real assalto aconteceu naquele prédio. Todos ficaram muito abalados e com razão... O que mais mexeu comigo e toda a sociedade fora o fato de o corpo de Olivia nunca ter sido encontrado.

- Oficial, seu raciocínio tem algo haver com o crime? Pois...

- Ah! Cale-se.

Susan despertara e fitou curiosamente o olhar de Burton percebendo que o rumo da conversa não era agradável...

- Decidi ver por mim mesmo todo o prédio. E não foi em vão. Encontrei algo em um galão de água. Imerso no fundo do galão uma corrente fora esquecida... E o engraçado é que tal adorno fora confeccionado limitadamente. Isto é, poucas pessoas possuíam uma amostra. Mais especificamente, a família Burton era exclusiva. Nenhum pertence foi dado como perdido da minha sobrinha... Até que ao encontrar essa corrente no galão decidi dar uma olhada na casa dos meus irmãos e ver o quarto de Olivia. E surpreendentemente não encontrei o colar...

- Oficial Burton, Susan está cansada pelos fatos, peço que retorne em outro horário.

- Nada disso. Tenho que esclarecer esse fato agora.

Barbara decidiu visitar o amigo Caio.

Este havia recebido alta e se encaminhava para casa.

No quarto de Susan...

- Está supondo o quê?

- Supondo? Eu? Estou afirmando... Dna Cintia o que aconteceu com minha sobrinha? Sei que estava envolvida na noite do “assalto”... E quero que me dê todos os detalhes...

Estranhamente a faculdade soube do ocorrido e prontamente o professor e o mentor foram para o hospital... Supõe-se que alguns amigos de Barbara os avisaram.

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